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Boi de Ouro

Anicuns - GO

Em meados do século XVIII, nas terras dos Tapajós Guanicuns, o bandeirante “Anhanguera” estabeleceu um ponto de apoio aos tropeiros que rumavam para a cidade de Goiás. O ponto de apoio virou uma inesgotável mina de ouro, mas a exploração foi interrompida devido à profundidade do veio. O tempo passou, o garimpo declinou, os garimpeiros se foram e ficou uma enorme e perigosíssima cratera que tornou-se o Poço do Boi de Ouro com 600m de profundidade por 6m de largura.


Outro legado como patrimônio imaterial daquela imensa jazida de ouro foi a lenda do Boi de Ouro. A cultura popular dá conta de que no fundo da velha mina há um boi de ouro com enormes pontas reluzentes. Inclusive, tão verdade é, que muitas pessoas não só viram a fera, mas também tocaram os enormes chifres. Bom, atacar o bicho não ataca mesmo, visto que está atolado na lama espessa do fundo da mina, mas se agita tanta, berra de estremecer o chão e solta fumaça quente pelas ventas. Isso dá medo.
Foi com base nessa cultura local que o artista Juvenal Irene concebeu esta obra que lembra uma pepita de ouro ainda bruta. O monumento foi ebanizado e revestido com folhas de ouro na técnica pandoro para dar esse aspecto misto de rocha e nesgas de ouro.
A obra está Instalada na rotatória de acesso à cidade de Anicuns, Goiás.

Monumento ao

Peão de Boiadeiro

Esse monumento de 229 toneladas e 27m de altura, foi feito em 2005 para comemorar os 50 ansos da Festa do Peão em Barretoas.

O tratamento final da peça é um fake de bronze azinhavrado a fogo e corrosão controlada.

Eu sempre quis fazer um monumento para homenagear o café. Tanto pela sua história quanto pelo seu significado social.
O café não é apenas a bebida, é também um lugar, um ponto de encontro para sorver o néctar cunilon ou arábica, ou sei lá mais o quê. Sei que, se tomar um café é bom, ir ao café para tomar um café é duplamente bom.

Peneirando

Peneirando
¶Eu tava na peneira,
eu tava peneirando,
eu tava no namoro,
eu tava namorando. ¶


¶O vento dava
balançava a cabeleira,
suspendia a saia dela,
no balanço da peneira. ¶

Esta obra, talvez tenha um pouco de memória da infância. Talvez essa mulher seja até a tia Silivéria peneirando café no terreiro da Fazenda Buracão com trilha sonora do Luiz Gonzaga entoada pela mulherada naquele ermo de mundo. É uma realização completa. Na mesma obra o café, o cafeicultor, a cafeicultura, e toda a atmosfera subjetiva que permeia desde a produção até o ponto de encontro dos apreciadores.

Tropa - Pórtico 8 Segundos

Uma tropa de oito xucros para simbolizar o limiar entre o triunfo do atleta peão e a prevalência do atleta animal.

Memorial ao Touro Bandido

Esse bandido não reconhecia a regra dos oito segundos, com ele era no máximo 4. Em 2001, a fera indomável dos rodeios, levantou o peão Ney Tomazelli a seis metros do chão com uma cabeçada. Era invicto e temido da peonada, por isso virou até ator da novela América em 2005. 

Encerrou carreira em setembro de 2008 e numa manhã de domingo, 4 de Janeiro de 2009, as 9 horas,. morre o boi e nasce o mito, o touro rei fertiliza com a morte o terreno para o nascimento da lenda. Foi uma experiência singular tê-lo esculpido para memorial sobre sua tumba no Parque do Peão em Barretos.

Viajores e o Caminho do Ouro

Sabe-se lá desde quando os viajores da grande nação Guaianás empreitavam caminhadas trilhando pelo CAMINHO DA SERRA entre a aldeia de cima e a aldeia de baixo.
Entre tantas, a TRILHA GUAIANÁS era de importância singular para o convívio das tribos do Vale do Rio Paraíba e as de Paraty.
O tempo passou, vieram os exploradores portugueses com novo ritmo para a Praia de Martim de Sá em Paraty, e para a vital trilha embrenhada entre serras, nas veias da mata, por aquele calcado CAMINHO VELHO. Era, no horizonte da história, o levante reluzente de um tempo novo naquela agora ESTRADA GERAL DA SERRA DO MAR.

Sob lombos de burros e pela força de escravos, movia-se freneticamente o vaivém que sustentava a existência do Vale, a de Paraty, e a da velha estrada.
Cada palmo de entranha da mata que ladeava o glorioso CAMINHO DO OURO, fora testemunha silenciosa de cada fase daquela que fora via primitiva de globalização de certo mundo; trilha de exploração para expedicionários; estrada de captura e contrabando de escravos negros e índios; eira de grande cobiça e desejo; caminho de escoagem de incalculável fortuna em ouro. E ainda, possibilidade factual que alimentou a vaidade dos poderosos Barões do Café no Vale do Paraíba, com toda sorte de bugigangas e quinquilharias vindos da Europa, na contramão da farta produção do Vale que rumava para o além mar.

Hoje, a beleza do CAMINHO DO OURO não é apenas o que se vê, mas também o que se não vê, o patrimônio imaterial.
A história particular deste caminho é por si só, um colossal monumento erigido no meio da História Geral da região de Paraty, e quiçá repetida em tantos rincões desse Brasil a fora.
Razão suficiente para que seja feito um memorial perene aos fatos que nela se encerram calados.

Lavrador 

Monumento ao Trabalhador Rural

Matuto, caipira, lavrador, ruralista, seja o que for, para a Sociedade Rural do Paraná é o sustentáculo do Brasil.
Munido desse pensamento, mesclado com a minha própria história de vida, concebi esta obra a pedido do Moacir, um amigo de Londrina.

Cabresto

Barretos - SP.

A grandiosidade do tema não está na ostentação do motivo complexo e caro, pode estar na singeleza de um mote com significado relevante.

Travessia

Barretos - SP.

No ermo sem fim, na biboca do sertão ruma, dia a dia, meio que no giro das ventas. De repente para, comitiva e gado no emboque da travessia do rio. O guia estridulou o instrumento talhado das pontas do curraleiro marruco e singrou.

Boi Soberano

A Lenda Que Foi História

Não são muitos os que têm uma boa história pra contar, todavia, com certeza, todos gostariam de ter uma. Se tê-la é um grande privilégio, porque não conta-la? Melhor ainda se for em linguagem universal. Infinitamente melhor se, além de ver, puder entrar nela e interagir com ela. O monumento ao “Boi Soberano” propõe isso.

Quarto do Milha

Barretos - SP.

Essa obra, por mais que não pareça, foi o meu maior desafio.
Tudo por conta da sua peculiar anatomia. Cabeça pequena, fronte ampla, olhos grandes e afastados, perfil reto, pescoço em forma de “pirâmide”, dorso e lombos curtos, garupa levemente inclinada, peito profundo, membros fortes com excelente musculatura. Tudo isso aliado ao temperamento dócil, rústico e muito inteligente, ao andamento harmonioso, em linha reta, natural e baixo, com o pé levantado levemente e recolocado de uma só vez no solo, típico do trote de campo. É uma escultura sim, mas eu desejei profundamente imprimir tudo isso nele. No final, fiquei feliz.

Manada Selvagem

A “MANADA SELVAGEM” foi concebida para ser uma obra monumental de grande beleza artística e harmonia conceitual. Sua integração natural ao meio enriquece a leitura do espaço urbano e diferencia a identidade regional.

Essa obra é única, sem precedentes no Brasil. Vigorosa, arrojada, de caráter cultural e até histórico, no sentido de que tem as suas raízes encravadas num tempo imemorial que, a despeito disso, norteou subliminarmente vocações regional.
A manada selvagem ruma arquejando para a ilha surreal cheia de pedras, lajedos, quedas d’água, e as ruínas de uma remota e improvável civilização.

Touro no Ar

Leveza do Pesado

Uma obra absolutamente parabólica. A dança das abstratas parábolas substantificadas para fazer insólito o sólido de uma tonelada flutuar como se abstrato fosse. Surreal.

Monumento à Lenda Viva do Rodeio Brasileiro, Zi Biasi

Comitiva

A viagem não é apenas ir de um lugar para outro, cada componente da comitiva anda possuído pelo espírito de uma grande festa raiz. Será viagem ou será festa? Comitiva é viagem/festa.

Journey America

De Galgary, no Canadá a Barretos, em São Paulo – Brasil. Essa foi a memorável façanha heroica vivida por Filipe Masetti Leite e seus cavalos Bruiser, Dude e Frenchie. 16;000 Km por 12 nações, em 25 meses.

Isso merece ser eternizado com um Monumento ao Cavaleiro das Américas.
Esta obra foi encomendada pelos Independentes de Barretos em Agosto de 2014.

Carreata

Não é só imponência, é orgulho, é memorial à honra e dignidade de uma gente que ama o que faz e o que é. É a síntese da vida do homem mais ligado à terra desfilando feliz pelas vias da cidade, exibindo o seu mais caro tesouro, seu cotidiano e sua história.

Atletas do Rodeio

Galeria de Arte a Céu Aberto

O universo do peão de boiadeiro é rico em eventos, tradicionalmente conhecidos através das muitas manifestações competitivas e folclóricas.
Em 1950, um boiadeiro, tocador de viola, saiu de Pirenópolis, tocando uma boiada com destino a Barretos. Era meu pai. Voltou da empreitada com muitas histórias na guaiaca e, em pouco tempo, aposentou a tralha, largou a viola aos cupins, e casou-se.
Em 1956 eu nasci, e cresci ouvindo

muitas histórias de fatos comuns no meio da peonada. Até aos 19 anos, orgulhosamente, morei na roça e vivenciei toda a beleza da vida de caboclo, nos campos do sertão goiano. Assim, vivendo sem pretensão, Deus me fez artista. Trago dentro de mim uma realidade comum à maioria dos brasileiros, nossa história ligada à terra. Quando eu me for da vida, quero deixar um rastro com muitas obras de arte para manifestar essa nossa monumental beleza.

Foi assim que concebi, dentre outros, a GALERIA DE ARTES A CÉU ABERTO, obra composta, inicialmente, por catorze monumentos de grande porte.
Montaria em cavalo: 1 - Bareback, 2 – Cutiano (Brasileira), 3 - Sela Americana (Saddle Bronc).
4 - Montaria em touro (Bull Riding).
Prova do laço: 5 - Laço em Dupla (Team Roping), 6 - Laço de Bezerro (Calf Roping).
7 - Derrubar o touro a unha (Bull Doging), 8 - Team Penning (A Prova da Família), 9 -Paletada (Em Dupla), 10 - Rédeas, 11 - Três Tambores, 12 - Montaria em Carneiro, 13 - Salva Vidas de Rodeio, 14 - Queima do alho.

Portal Bem Vindos

Galeria de Arte a Céu Aberto

Mais que um ornato, um portal de boas vindas ao território de quem se importa com sua cultura, tem orgulho de sua história, e faz questão de receber bem todo visitante.

Crisálidas

Lagartas em Crise

Um lepidóptero em crise de transformação radical descansa numa crisálida, a pupa, casulo não definitivo, que processa, a despeito do individuo, a sua metamorfose. Por conta disso, uma crisálida é símbolo de transformação, final de um período e começo de outro, “morte” e ressurreição, fim de uma vida apequenada (como larva limitada) e começo de uma vida gloriosa (voando livremente).
A crise, em consciência, pode ser uma incubadora que produz latência, e que, no seu ponto crítico, rebenta da mais alta pressão, a potencialidade, inerente como elemento construtivo de um novo tempo, nova história, nova dimensão, nova consciência. É o “dunamis” que num momento é dinamite (potencialidade), e noutro, pós ignição, pós explosão, é dínamo (dinâmico).

Além da sua notável estética exuberante, esta obra remete à reflexão óbvia: Por um lado tempo de crise, introspecção, sabática solitude, isolamento para reflexão; por outro lado, a vida que se encerra encasulada não é o fim definitivo, é meio para transcender ao novo, é potencialidade que aguarda, é esperança com certeza, e que está sob expectação de uma vindoura realidade infinitamente melhor.

Feitura:
Cada escultura é composta de três peças: Uma pupa cromada no centro e um ou dois elementos vitrálicos estruturados atacados á pupa figurando ¼ de asa de borboleta cada. O conjunto todo é sustentado por uma haste robusta de aço móvel num mancal.
A obra é feita em fibra de carbono, vidro e ferro.
A escultura pode ser peça única ou arranjada em conjunto, pode ser feita para espaço público aberto, ou para interiores.

O Estivador

Monumento ao

Trabalhador Portuário

Esse monumento foi concebido pelo artista Vito Dalécio para implantação na cidade de Santos, São Paulo. Eu o fiz e foi inaugurado em 6 de Setembro de 1996.

Monumentos

Pela ordem: Montaria em Touro, 2009; Colossos de Rodes, 1988; Monumento à Dupla de Atletas do Rodeio, Cavalo e Peão, 2009; Monumento à Dupla de Atletas do Rodeio, Touro e Peão, 2009. 

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