
Minha Arte
É o Que é
Em se tratando de arte,
Eu não quero fazer o certo, quero apenas fazer.
Também não me importo de estar fazendo o errado, quero saber que foi feito. Certo ou errado é secundário. Fazer é elementar.
E mais que fazer certo ou errado, eu quero fazer deste modo que feito está.
Para o errático errante consciente, “errar” é preciso.
Esta obra é assim, “errada”. Se ela for certa estará completamente errada.
Não é pra vender, não é pra agradar, não é pra afrontar, não é pra enfrentar, não é pra polemizar, é só pra fazer.
A minha obra é assim: é o que é.
Por outro lado, a mim, não adianta a obra ser carregada de conceitos se ela não fala com as massas. A falar com meia dúzia de privilegiados entendidos, prefiro que minha obra fale com o maior número de apreciadores possível.
Mais que justificativa técnica a arte tem que obrigatoriamente estar impregnada do ser racional e emotivo do seu feitor. E tudo em códigos que estabeleça a dialética entre a obra e o apreciador.

A linguagem evolui porque é viva. Os signos da linguagem são a manifestação dessa vida em transformação constante.
Ser eclético, para mim, foi um evento espontâneo da história. Nessa trajetória não houve roteiro montado. Há quem veja isso de modo negativo, como falta de definição, confusão gestual, identidade confusa, etc. Mas eu não consigo ver negativo nesse viés da vida.
Pessoas que eu tenho por grandes pensadores e críticos de arte me aconselharam escolher um caminho, mas eu não consigo me livrar dos outros, eles estão visceralmente atrelados à minha razão de ser artista. Produzir arte plástica para cenografia forja esse atributo. Em face desse adjetivo legado pela história que eu não escolhi, prefiro me ver sortudo que azarado.
Lavandaias
Às Lavadeiras do Brasil


As lavadeiras do Brasil são homenageadas com a série que chamei de “As Lavandaias”. A propósito de “Lavandaias” que nem neologismo é, mas um substantivo com verbete truncado do idioma italiano pelo plural feito com “s” como se português fosse.
A justificativa é que, lavadeiras são pessoas justamente homenageadas, “Lavandaias” não são pessoas, mas a série de obras. É como escrevera René Magritte na sua pintura da maçã: “isso não é uma maçã”.










Blue Royal Crab
A Joia do Mangue
Escultura em sólido de polímero com carga mineral e fibra sintética. Acababemto em laca , PU e detalhes à la pandoro (revestimento com folha de “ouro de catedral”). Mede 0,70m x 0,85m x 0,45h.
Estive extasiado durante todo o processo de produção desta joia. Um gozo que não tem preço. Graças a Deus.





Mamarosa
Contra o Câncer de Mama
Esta obra foi doada ao Hospital do Câncer de Barretos para a campanha de prevenção ao câncer de mama em 06 de Outubro de 2012. Desde então é a mascote da campanha anual da entidade. É malhada em baixo relevo discreto com o símbolo da campanha.






Mãos
Interdependentes Mãos
"Nas obras desta série o artista coreografa uma dança encantadora entre linguagens opostas que, nessa contradança, tornam-se complementares e interdependentes.
A mão direita, que é a mão da realidade cotidiana, é metálica, dura, pesada, foi talhada em linguagem realista. Já a mão esquerda, representando a mão da subjetividade, do sonho, da imaginação, do afeto e da poesia, é a mão lúdica, esculpida em formas que transitam entre o cubismo, o construtivismo e o parabolismo, rumando para a abstração, com acabamento em laca com cores vibrantes.
A base não é simplesmente uma base, ela também faz parte elementar da obra e está carregada dos conceitos presentes em toda a obra do artista. A modelagem da madeira laminada com espelho de policarbonato tem formas parabólicas. Do mesmo modo em que físicos abstraem eventos da natureza em equações matemáticas, o artista procura sublimar eventos à dimensão da poesia com códigos estéticos. Assim, o espelho parabólico refletindo a imagem da escultura, traz a realidade eventual paralela, que é o reflexo da realidade concreta."







Saúva
Diligente e Precavida
Como a cigarra, a formiga certamente não canta, mas, de algum modo canta. Como a formiga, a cigarra certamente não trabalha, mas, a seu modo trabalha.
Sei que o ócio tem o pulso gênico da criatividade das criaturas criativas. No “cantar” está o tuim da “saúvação”, e “saúvar” sem “cantar” é submeter a criatividade a um spin próximo de zero.
Certamente, trabalhar e “cantar” é a salvação.







O Tudo e o Nada
Repleto de Parábolas
Todo o Universo, do macro ao micro, está repleto de linhas de toda natureza. Penso que as abstratas são infinitamente mais abundantes que as concretas. Veja que as concretas, dada a sua condição de inerência às massas, tem vibração contígua aos volumes e portanto, limitadas. Além do que, a linha concreta, mais que uma linha de construção, é uma linha de contenção, de delimitação dos volumes. A meu ver, nessa arte que ousei chamar de parabólica, a grande importância da linha concreta é que ela é a matriz de toda linha abstrata, as parábolas.






Universo Spin
Energia em Métrica Volumétrica
Nessa série “Universo Spin” procurei fazer poesia com métrica volumétrica e cadência assimétrica, trabalhando fartamente com parábolas concretas para coisificar ludicamente energias que vão dum spin de neutrino ao pulso de galáxias, ou concebidas na abstração das linhas de construção em parábolas. Assim são os elementos constantes como códigos dessa minha estética parabólica.










Pão e Vinho
A Ceia
Escultura em mármore branco refundido e fibra sintética. Tratamento à la pandoro (revestimento com folha de “ouro de catedral”).
O tampo é de vidro elipsoidal incolor medindo 1,00m x 0,80m e raio de 0,35m nas circunferências das pontas. Altura total 0,90m.





Troféu
17ª Barretos International Rodeo
Criei este troféu para a Copa do Mundo de Montarias em Touro no ano 2009. Nessa ocasião o time dos Estados Unidos levantou a taça em Barretos. Em 2010 o Brasil deu o troco em Las Vegas e foi campeão em territória americano. (Img. Reuters).


Troféus
Pela ordem, Troféu para a Festa do Peão de Boiadeiros em Barretos, escultura em bronze; Prêmio Aplauso Brasil de Teatro, conferido pela Secretaria de Estado da Cultura do Estado de São Paulo, bronze; Prêmio Encontro Nacional Barretos Motor Cycles, bronze azinhavrado.

Prêmio Aplauso
Brasil de Teatro
Esse eu não fiz. Conquistei pelo que fiz em cerca de 40 anos produzindo arte plástica para cenografia de teatro, cinema e televisão.




